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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ENTREGUE AOS ATORMENTADORES


E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.   Mateus 18.34

Perdoar é um dos atos mais lindos e abençoados que podemos praticar. Ao fazer isso, igualamo-nos ao Senhor, o qual nos perdoa de todos os pecados. Ele deixou-nos o exemplo a ser seguido. No caso relatado, Jesus mostra que o perdão da nossa dívida, concedido pelo Senhor, é maior do que o que podemos fazer ao nosso semelhante, pois a que temos com Deus é infinitamente maior do que imaginamos ou poderíamos pagar.
O rei, ao ajustar contas com os seus servos, viu que um deles lhe devia dez mil talentos. Para melhor compreensão, um trabalhador, naqueles dias, ganhava 20 denários por dia. Um talento valia seis mil denários, ou 300 dias de trabalho. Multiplicando os dez mil talentos por 300, teremos 3 milhões de dias de trabalho, os quais multiplicados por 20 reais, dariam 60 milhões de reais. Nem que ele, a mulher, os filhos e os bens fossem vendidos, a dívida seria quitada.
Como a parábola é um ensinamento por comparação, o Mestre quis mostrar que jamais poderemos pagar pelos nossos pecados. Então, o cidadão se prostrou diante do rei e suplicou-lhe por misericórdia. O rei teve compaixão e lhe perdoou. A seguir, sem dever mais a ninguém, o servo perdoado encontrou um conservo que lhe devia cem denários, ou cem reais, e, como ele não tinha como pagar, colocou-o na prisão.
Os conservos, vendo a maldade do devedor perdoado, relataram o fato ao rei, que, enfurecido, chamou-o de servo malvado. Ora, tendo sido perdoado de tão grande dívida, ele deveria ter feito o mesmo com a pessoa que lhe devia tão pouco e não tê-la lançado na prisão. Isso nos ensina que, se formos maus, poderemos ter cancelado o perdão que já obtivemos.
A lição nos foi dada para que não tenhamos nenhum prejuízo por negar o perdão a quem nos fez algo tão pequeno. O nosso débito era impagável, e, se fomos perdoados de tão grande soma, por que não perdoar a quem nos devia muito menos? Só mesmo um coração malvado pode agir assim. Este servo teve cancelado o perdão da sua dívida e ainda foi entregue aos atormentadores. Não é bom ser mau com ninguém.
O Mestre não deu nenhum ensinamento por acaso, ou para criar pânico nas pessoas. Ele falou do que acontece com todo aquele que não se espelha em Deus e, por isso, não faz a vontade divina. Há muitos indivíduos em prisões espirituais, sendo oprimidos por atormentadores, por terem sido maus com alguém que lhes causou algum prejuízo.
Seremos tratados pela mesma medida com que tratarmos os nossos conservos na fé em Jesus (Lc 6.38b). Se quisermos misericórdia, temos de demonstrá-la aos que nos ofenderam; caso contrário, os atormentadores “tomarão conta” de nós. Será que não temos ofendido o Pai em uma escala muito maior?