E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a
palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho. Efésios 6.19
Depois de orientar os irmãos de Éfeso a tomarem toda a armadura de Deus,
para resistirem no dia mau, o apóstolo Paulo falou que deveriam suplicar por
todos os santos. Em seguida, disse que também tinham de suplicar por ele. Os
que estão firmes na fé ajudariam muito as pessoas, se orassem sempre por elas.
Algumas estão fracas na fé, outras, enfermas, e várias estão debaixo das mais
diversas tentações.
Ele queria que, no abrir da boca, a palavra com confiança lhe fosse
concedida. Se não temos a palavra certa, sem dúvida, falaremos o que não serve,
e, com isso, ninguém ficará alimentado. Ora, por que dizer o que Deus não nos
dá, se temos de fazer a obra divina? A verdade é que, em certas ocasiões, o
nosso cesto está vazio e, então, como alimentaremos o povo?
(Jo 6.9). Todos os que ministram a Palavra precisam dessa
bênção que Paulo reconheceu necessitar.
Como eu gostaria que todos os que foram abençoados pelo meu ministério
orassem pela minha vida! Muitas vezes, o Senhor coloca diante de mim pessoas
que têm problemas seríssimos, e, se eu não tiver a Sua assistência, poderei
falar algo em vão. Com isso, terei perdido uma oportunidade de ajudar um
necessitado. Bom seria que me fosse dada a palavra com confiança a qualquer
instante. Como pregador do Evangelho, tenho de fazer o que Jesus fazia.
Quando a palavra da fé é pronunciada pelo cristão, ela tem o mesmo efeito
daquelas pronunciadas por Jesus
(Jo 14.12). Se fizermos nossa determinação com confiança,
ninguém sairá vazio da nossa presença. Ora, se o Altíssimo traz alguém até nós,
é para que o ajudemos a libertar-se do poder infernal. Contudo, é necessário
guardarmos e exercermos a boa Palavra do Mestre. Ele sempre tinha as palavras
certas para dar a quem O procurasse.
Paulo entendia que precisava agir pela fé e, por isso, sabia que seria no
abrir da boca que a palavra poderosa seria concedida a ele. Não há necessidade
de ficarmos meditando, racionalmente, no que falaremos. Se isso ocorrer, a obra
que fizermos será apenas humana. É verdade que precisamos preparar-nos, mas
jamais devemos premeditar o que será dito. Quando falarmos, o Espírito Santo
nos dará sabedoria e a palavra certa.
Se eu começar a preparar os meus sermões no “laboratório intelectual”, farei
a obra do Senhor como se fosse um erudito nas Escrituras. Os que procedem assim
nada conseguem
(2 Co 3.6). Mas os pregadores que estudam a Bíblia e a
ministram pela fé veem o Senhor usá-los a todo instante. Quem fizer a obra no
Espírito será bem-sucedido.
Não temos de pregar regras dos homens, mas, sim, fazer notório o mistério do
Evangelho. Deus conhece as necessidades das pessoas que nos procurarão, pois é
Ele mesmo quem as conduz até nós. Mediante orientação divina, temos de dar
solução aos problemas dos que são enviados à nossa presença. Por isso, é
necessário contarmos com a assistência do Todo-Poderoso. O Senhor será com todo
aquele que Lhe for fiel.